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Pelo
quarto ano consecutivo, Campos do Jordão teve um final
de semana que vem se tornando tradicional. No dia 23 de setembro,
foi realizada a 4ª Corpore Campos do Jordão Corrida
e Bike na Montanha, evento que reuniu 82 equipes e 615 atletas
e nasceu inspirado na corrida realizada na Ilhabela, colocando
em prática a idéia de, além de levar
os atletas para o mar, subir o morro com eles também,
fazendo um evento festivo reunindo diversas equipes.
Esse é um evento que demanda meses
de planejamento e muitas coisas são finalizadas nos
dias que antecedem a prova, por isso a equipe Corpore chega
na cidade dias antes para garantir que tudo aconteça
como o esperado. Mas se engana quem pensa que todo o staff
da prova vai de São Paulo. Apenas 89 pessoas saem de
São Paulo para trabalhar na prova. Todo o resto do
staff é de Campos do Jordão, sendo essa uma
forma de retribuir a cidade e seus moradores que tão
bem recebem a comunidade de corredores. Mais de 200 pessoas
são contratadas para trabalhar na prova, além
de serviços de vans, motos, fotografia, comunicação
visual, entre outros.
E, nesses dias que antecedem a prova, são
feitas reuniões para acertar detalhes e ensinar aos
contratados tudo que eles devem saber e precisam fazer durante
a prova. Na quinta-feira, dia 21, esse staff se reuniu no
Ginásio Municipal de Campos do Jordão para receber
as últimas instruções e entenderem o
funcionamento da cronometragem eletrônica que foi utilizada
pela primeira vez em Campos.
Na
sexta-feira, dia 22, aconteceu a entrega do kits com números
de peito, placas de bikes, camisetas, adesivos para os carros
e tudo o que as equipes precisam para participar da prova.
A entrega aconteceu na praça do Pinho Bravo, local
que foi reformado trazendo uma beleza a mais para esse local
que é o cenário central da prova, já
que lá acontecem as largadas e chegadas.
Depois disso e mais algumas voltas pelo percurso
da corrida e da bike para garantir que tudo está certo,
chega a hora da contagem regressiva para a primeira bateria
das largadas.
Início
da prova
No
sábado, dia 23, a partir das 5h30, a movimentação
em volta da praça do Pinho Bravo já era grande.
Os atletas chegavam, se qualificavam, pegavam o chip da sua
equipe e aguardavam a largada da sua bateria. Minutos antes
da primeira largada, que aconteceu às 6h, os termômetros
marcavam 8ºC. “Com esse friozinho só a orelha
que fica congelada, mas a gente coloca uma toquinha e tudo
bem”, afirmou a atleta Cida Romero, da equipe TotalFlex,
que se mostrava bem tranqüila para a prova, já
que havia participado dessa prova no ano passado e tinha uma
boa idéia do que iria encontrar, pois o percurso se
manteve o mesmo da edição de 2005.
Um pouco mais ansioso antes da largada estava
Cláudio Antonio Eduardo Freitas Barbosa, da CPORSP,
que participava pela primeira vez da prova. “Acho que
vou ter um pouco de sofrimento, mas ao mesmo tempo sei que
vai ser prazeroso. Nunca estive aqui, mas sei que a equipe
depende da gente e isso faz com que nos empolguemos mais”.
Com toda a projeção da prova
feita através dos tempos informados pelas equipes,
as equipes foram divididas e em certos intervalos de tempo
as baterias iam largando, sendo que as últimas passaram
pelo pórtico às 7h50.
Ciclismo
Paralelamente à corrida, às 9h aconteceu a largada
da primeira etapa do ciclismo. Antes disso os ciclistas chegavam
ao local da largada, que fica ao lado da praça do Pinho
Bravo, para fazer sua qualificação, pegar o
chip da bike, colocar-se no local determinado através
de sorteio e aguardar o sinal da largada, que dessa vez foi
feita da forma Le Mans, ou seja, ao sinal os atletas
corriam até suas bikes e então saiam pedalando
para a prova. Entre os ciclistas estavam atletas experientes
e outros que estavam pela primeira vez numa etapa de moutain
bike e o comum entre eles era uma coisa: a ansiedade. “Sou
corredor e vim para ajudar. Essa será a primeira vez
que vou fazer percurso de Moutain Bike. Espero chegar inteiro
no final, pelo menos”, contou Antonio Cesar Molina,
da Alcatel.
Erivan Arcanjo de Lima, que já foi
campeão em diversas competições e foi
uma das pessoas que ajudou a Corpore no início desse
evento, já que ele foi Secretário de Esportes
da cidade, participava como competidor pela primeira vez e
mesmo sendo da cidade e conhecendo as trilhas, mostrava-se
ansioso por fazer o percurso. “É um evento grandioso
e pela primeira vez estou nele como competidor, pois fui apoiador
quando Secretário de Esportes. Estou acostumado com
esses morros, pois moro em Campos, mas uma prova é
sempre uma prova e sei que temos competidores de um nível
muito alto. Eu já parei de competir profissionalmente
há muitos anos, mas acho que vai ser legal, uma diversão
para todo mundo. O importante é procurar fazer um bom
trajeto e que todos os competidores façam uma boa prova”.
Como
Erivan esperava, a disputa realmente teve um nível
alto e o primeiro a completar essa etapa acabou não
sendo um atleta de Campos, que conhecia o percurso, mas um
ciclista que enfrenta e treina nas trilhas de outra cidade:
Ilhabela. “Conhecia Campos por ter feito outras competições
aqui, mas não conhecia esse percurso ainda. Ele exige
muita técnica, não só força. Um
percurso bem sinalizado, todos estão de parabéns
na organização”, afirmou Alexandre Mantovane
que também comentou sobre a largada utilizada na prova.
“Foi a primeira vez que fiz essa largada e achei muito
interessante, bem legal, dá uma diversificada e não
atrapalha em nada.”
Transições
Enquanto isso a prova corria solta, o clima já havia
esquentado, o sol raiava e os corredores enfrentavam subidas,
descidas, terra, asfalto, terrenos acidentados e encontravam
muitas lindas paisagens olhando de cima dos morros, passando
por lagos e entrando em reservas naturais.
Cansaço
e expectativa se misturavam nos postos de transição.
Cleber Eduardo Lorenzi, da equipe Volkswagen aguardava para
começar seu primeiro trecho. “Estou ansioso para
começar e estou preparado para a subida, treinei bastante.
O evento é diferente, não tem tantas pessoas
correndo juntas e não temos o que dizer da organização,
ela é 10 e a cidade é muito bela”. Enquanto
isso, Sandra Lopez Marchezani, da equipe Trilopez/Eqmax/Mais
Bobões, chegava de seu segundo trecho muito cansada,
mas querendo mais: “Não existe trecho fácil
aqui em Campos. Cheguei morrendo agora. Ano passado participei,
fiz trechos diferentes e ano que vem quero estar aqui de novo!!”
Chegada
Ao mesmo tempo que algumas equipes faziam suas transições,
algumas já estavam chegando. Utilizando uma boa estratégia
e se beneficiando de conhecer a prova e largar numa das baterias
iniciais, a equipe Thundercats/Fórmula I foi a primeira
a cruzar o pórtico de chegada atingindo o objetivo
esperado. “Chegamos no tempo que esperávamos.
A maioria já tinha participado da prova e fizemos uma
boa estratégia com reservas para chegar na frente”,
afirmou Tani Oreggia.
A
equipe vencedora veio minutos depois. A Ilhabela, que veio
num ritmo forte, ultrapassou todas as outras equipes durante
o percurso e ainda contou com o ciclista mais rápido.
Com essa soma, eles garantirão a primeira colocação
da prova. “O percurso é bom, a equipe foi bem
e todos estão de parabéns. Eu também
faço parte da comissão técnica da equipe
e pegamos o trajeto, escolhemos onde cada atleta iria se dar
melhor e escalamos assim a equipe, além de contar com
um bom ciclista. Por isso acredito que chegamos na frente”,
disse Wilson Gomes de Jesus.
Aos poucos as equipes iam chegando acompanhadas
pelos batedores da Polícia do Exército, fazendo
uma bela festa e recebendo suas medalhas. Mas como o clima
festivo e de confraternização realmente são
marcas registradas desse tipo de evento organizado pela Corpore,
os atletas não iam para casa descansar, mas sim ficavam
na Choperia Bicho-Papão localizada bem em frente ao
pórtico de chegada e de lá, com muita música
e animação continuavam a recepcionar as outras
equipes.
A festa foi finalizada com a passagem da última
equipe que, como já é tradição,
foi seguida pela equipe Corpore, batedores da PE e ambulâncias,
finalizando mais um grande evento, que ainda teria muita festa
por vir.
Premiação
Tirando proveito dos benefícios que a cronometragem
eletrônica traz, a premiação foi feita
na noite do próprio sábado num dos locais mais
especiais de Campos do Jordão: na Concha Acústica
localizada na praça central da cidade, local que é
palco dos maiores e mais tradicionais shows durante a temporada
em Campos.
Antes
mesmo do inicio da premiação, a banda de crianças
e adolescentes do Conservatório Souza Lima animava
o local e ia aquecendo o público na noite fria que
vinha contrastar com o dia quente.
Resultados prontos, foi hora de iniciar as
premiações, na qual equipes e atletas receberam
seus troféus e David Cytrynowicz, presidente da Corpore,
agradeceu a colaboração de todos os envolvidos,
inclusive os atletas, destacando o clima calmo que a prova
se desenrolou, apesar de toda a adrenalina que envolve o evento.
“Temos que agradecer as equipes que cada vez mais colaboram
com a organização do evento, entendendo a prova
e sabendo tratar-se de um evento em que a participação
de vocês para a logística é imprescindível”.
Agora
é hora de treinar nas provas de rua que virão
e começar a se preparar para participar de mais essa
festa no ano que vem...
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