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IV Corpore Campos do Jordão - Veja como foi

25/09/2006, por Marcel Trinta

Galeria de fotos - mais imagens em www.sportclick.com.br

Pelo quarto ano consecutivo, Campos do Jordão teve um final de semana que vem se tornando tradicional. No dia 23 de setembro, foi realizada a 4ª Corpore Campos do Jordão Corrida e Bike na Montanha, evento que reuniu 82 equipes e 615 atletas e nasceu inspirado na corrida realizada na Ilhabela, colocando em prática a idéia de, além de levar os atletas para o mar, subir o morro com eles também, fazendo um evento festivo reunindo diversas equipes.

Esse é um evento que demanda meses de planejamento e muitas coisas são finalizadas nos dias que antecedem a prova, por isso a equipe Corpore chega na cidade dias antes para garantir que tudo aconteça como o esperado. Mas se engana quem pensa que todo o staff da prova vai de São Paulo. Apenas 89 pessoas saem de São Paulo para trabalhar na prova. Todo o resto do staff é de Campos do Jordão, sendo essa uma forma de retribuir a cidade e seus moradores que tão bem recebem a comunidade de corredores. Mais de 200 pessoas são contratadas para trabalhar na prova, além de serviços de vans, motos, fotografia, comunicação visual, entre outros.

E, nesses dias que antecedem a prova, são feitas reuniões para acertar detalhes e ensinar aos contratados tudo que eles devem saber e precisam fazer durante a prova. Na quinta-feira, dia 21, esse staff se reuniu no Ginásio Municipal de Campos do Jordão para receber as últimas instruções e entenderem o funcionamento da cronometragem eletrônica que foi utilizada pela primeira vez em Campos.

Na sexta-feira, dia 22, aconteceu a entrega do kits com números de peito, placas de bikes, camisetas, adesivos para os carros e tudo o que as equipes precisam para participar da prova. A entrega aconteceu na praça do Pinho Bravo, local que foi reformado trazendo uma beleza a mais para esse local que é o cenário central da prova, já que lá acontecem as largadas e chegadas.

Depois disso e mais algumas voltas pelo percurso da corrida e da bike para garantir que tudo está certo, chega a hora da contagem regressiva para a primeira bateria das largadas.

Início da prova
No sábado, dia 23, a partir das 5h30, a movimentação em volta da praça do Pinho Bravo já era grande. Os atletas chegavam, se qualificavam, pegavam o chip da sua equipe e aguardavam a largada da sua bateria. Minutos antes da primeira largada, que aconteceu às 6h, os termômetros marcavam 8ºC. “Com esse friozinho só a orelha que fica congelada, mas a gente coloca uma toquinha e tudo bem”, afirmou a atleta Cida Romero, da equipe TotalFlex, que se mostrava bem tranqüila para a prova, já que havia participado dessa prova no ano passado e tinha uma boa idéia do que iria encontrar, pois o percurso se manteve o mesmo da edição de 2005.

Um pouco mais ansioso antes da largada estava Cláudio Antonio Eduardo Freitas Barbosa, da CPORSP, que participava pela primeira vez da prova. “Acho que vou ter um pouco de sofrimento, mas ao mesmo tempo sei que vai ser prazeroso. Nunca estive aqui, mas sei que a equipe depende da gente e isso faz com que nos empolguemos mais”.

Com toda a projeção da prova feita através dos tempos informados pelas equipes, as equipes foram divididas e em certos intervalos de tempo as baterias iam largando, sendo que as últimas passaram pelo pórtico às 7h50.

Ciclismo
Paralelamente à corrida, às 9h aconteceu a largada da primeira etapa do ciclismo. Antes disso os ciclistas chegavam ao local da largada, que fica ao lado da praça do Pinho Bravo, para fazer sua qualificação, pegar o chip da bike, colocar-se no local determinado através de sorteio e aguardar o sinal da largada, que dessa vez foi feita da forma Le Mans, ou seja, ao sinal os atletas corriam até suas bikes e então saiam pedalando para a prova. Entre os ciclistas estavam atletas experientes e outros que estavam pela primeira vez numa etapa de moutain bike e o comum entre eles era uma coisa: a ansiedade. “Sou corredor e vim para ajudar. Essa será a primeira vez que vou fazer percurso de Moutain Bike. Espero chegar inteiro no final, pelo menos”, contou Antonio Cesar Molina, da Alcatel.

Erivan Arcanjo de Lima, que já foi campeão em diversas competições e foi uma das pessoas que ajudou a Corpore no início desse evento, já que ele foi Secretário de Esportes da cidade, participava como competidor pela primeira vez e mesmo sendo da cidade e conhecendo as trilhas, mostrava-se ansioso por fazer o percurso. “É um evento grandioso e pela primeira vez estou nele como competidor, pois fui apoiador quando Secretário de Esportes. Estou acostumado com esses morros, pois moro em Campos, mas uma prova é sempre uma prova e sei que temos competidores de um nível muito alto. Eu já parei de competir profissionalmente há muitos anos, mas acho que vai ser legal, uma diversão para todo mundo. O importante é procurar fazer um bom trajeto e que todos os competidores façam uma boa prova”.

Como Erivan esperava, a disputa realmente teve um nível alto e o primeiro a completar essa etapa acabou não sendo um atleta de Campos, que conhecia o percurso, mas um ciclista que enfrenta e treina nas trilhas de outra cidade: Ilhabela. “Conhecia Campos por ter feito outras competições aqui, mas não conhecia esse percurso ainda. Ele exige muita técnica, não só força. Um percurso bem sinalizado, todos estão de parabéns na organização”, afirmou Alexandre Mantovane que também comentou sobre a largada utilizada na prova. “Foi a primeira vez que fiz essa largada e achei muito interessante, bem legal, dá uma diversificada e não atrapalha em nada.”

 

Transições
Enquanto isso a prova corria solta, o clima já havia esquentado, o sol raiava e os corredores enfrentavam subidas, descidas, terra, asfalto, terrenos acidentados e encontravam muitas lindas paisagens olhando de cima dos morros, passando por lagos e entrando em reservas naturais.

Cansaço e expectativa se misturavam nos postos de transição. Cleber Eduardo Lorenzi, da equipe Volkswagen aguardava para começar seu primeiro trecho. “Estou ansioso para começar e estou preparado para a subida, treinei bastante. O evento é diferente, não tem tantas pessoas correndo juntas e não temos o que dizer da organização, ela é 10 e a cidade é muito bela”. Enquanto isso, Sandra Lopez Marchezani, da equipe Trilopez/Eqmax/Mais Bobões, chegava de seu segundo trecho muito cansada, mas querendo mais: “Não existe trecho fácil aqui em Campos. Cheguei morrendo agora. Ano passado participei, fiz trechos diferentes e ano que vem quero estar aqui de novo!!”

Chegada
Ao mesmo tempo que algumas equipes faziam suas transições, algumas já estavam chegando. Utilizando uma boa estratégia e se beneficiando de conhecer a prova e largar numa das baterias iniciais, a equipe Thundercats/Fórmula I foi a primeira a cruzar o pórtico de chegada atingindo o objetivo esperado. “Chegamos no tempo que esperávamos. A maioria já tinha participado da prova e fizemos uma boa estratégia com reservas para chegar na frente”, afirmou Tani Oreggia.

A equipe vencedora veio minutos depois. A Ilhabela, que veio num ritmo forte, ultrapassou todas as outras equipes durante o percurso e ainda contou com o ciclista mais rápido. Com essa soma, eles garantirão a primeira colocação da prova. “O percurso é bom, a equipe foi bem e todos estão de parabéns. Eu também faço parte da comissão técnica da equipe e pegamos o trajeto, escolhemos onde cada atleta iria se dar melhor e escalamos assim a equipe, além de contar com um bom ciclista. Por isso acredito que chegamos na frente”, disse Wilson Gomes de Jesus.

Aos poucos as equipes iam chegando acompanhadas pelos batedores da Polícia do Exército, fazendo uma bela festa e recebendo suas medalhas. Mas como o clima festivo e de confraternização realmente são marcas registradas desse tipo de evento organizado pela Corpore, os atletas não iam para casa descansar, mas sim ficavam na Choperia Bicho-Papão localizada bem em frente ao pórtico de chegada e de lá, com muita música e animação continuavam a recepcionar as outras equipes.

A festa foi finalizada com a passagem da última equipe que, como já é tradição, foi seguida pela equipe Corpore, batedores da PE e ambulâncias, finalizando mais um grande evento, que ainda teria muita festa por vir.

Premiação

Tirando proveito dos benefícios que a cronometragem eletrônica traz, a premiação foi feita na noite do próprio sábado num dos locais mais especiais de Campos do Jordão: na Concha Acústica localizada na praça central da cidade, local que é palco dos maiores e mais tradicionais shows durante a temporada em Campos.

Antes mesmo do inicio da premiação, a banda de crianças e adolescentes do Conservatório Souza Lima animava o local e ia aquecendo o público na noite fria que vinha contrastar com o dia quente.

Resultados prontos, foi hora de iniciar as premiações, na qual equipes e atletas receberam seus troféus e David Cytrynowicz, presidente da Corpore, agradeceu a colaboração de todos os envolvidos, inclusive os atletas, destacando o clima calmo que a prova se desenrolou, apesar de toda a adrenalina que envolve o evento. “Temos que agradecer as equipes que cada vez mais colaboram com a organização do evento, entendendo a prova e sabendo tratar-se de um evento em que a participação de vocês para a logística é imprescindível”.

Agora é hora de treinar nas provas de rua que virão e começar a se preparar para participar de mais essa festa no ano que vem...

Confira a página de eventos especiais com todas as informações e resultados sobre a prova



 
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