A corrida, como qualquer modalidade praticada,
incorre em riscos de acidentes e lesões. Na corrida,
por exemplo, o pé é a região que tem
o contato direto com o solo e por isso, está exposto
a uma condição mais estressante. Para se ter
uma idéia, dependendo da velocidade, o impacto do calcanhar
com o solo pode chegar de 3 a 4 vezes o peso corporal.
Existem
situações em que esta condição
pode ser acentuada. Uma delas é o tipo de piso utilizado
para correr. Esta pode ser uma condição de grande
influência no surgimento de lesões de acordo
com a resposta do organismo de cada corredor a determinado
piso.
Por este motivo o Laboratório da Biomecânica
do Movimento e da Postura do Depto de Fisioterapia da Faculdade
de Medicina da USP está realizando uma pesquisa comparando
diferentes tipos de superfícies durante a corrida.
Para participar é necessário ser praticante
de corrida há no mínimo 1 ano, na faixa etária
de 18 aos 50 anos, que calcem entre 35 e 43, com um volume
de treino igual ou superior a 20 km/semana, que não
tenham tido lesões músculo-esqueléticas
nos membros inferiores nos últimos 6 meses e que não
apresentem alterações posturais importantes
em membros inferiores.
Serão realizadas corridas curtas (40
metros) onde uma palmilha colocada dentro de um tênis,
conectada a um computador, medirá a sobrecarga do pé
durante esta corrida. Isto gerará uma série
de dados que depois de analisados poderão identificar
qual o piso promove uma maior ou menor sobrecarga.
Cada
participante receberá, posteriormente, um relatório
designado de Avaliação da Pressão Plantar
da Corrida in loco cujas informações mostrarão
as magnitudes das sobrecargas, a forma como elas ocorrem e
a questão da prono-supinação, sendo feita
em ambiente de corrida (no asfalto, grama, tartan e concreto)
e não em esteira ou em laboratório como normalmente
se faz. Ou seja, será muito mais próximo da
realidade de treino e prova. A foto ao lado demonstra parte
do relatório entregue aos participantes do estudo como
agradecimento pela praticipação. Neste relatório
ainda consta uma avaliação quantitativa das
magnitudes obtidas.
Estas
avaliações ocorrerão no CEPEUSP, a partir
das 7h, somente aos sábados, sem custos por se tratar
de um trabalho científico. Para participar é
necessário agendar um dia para sua realização,
principalmente para sua comodidade. Para maiores informações
e agendamentos de horários liguem para 99142272 ou
mandem um email para [email protected],
falar com Vitor Tessutti.