Na
Corrida Corpore-Shopping Aricanduva, ocorreu uma situação
que deixou preocupação à organização
da prova. Um dos atletas foi estimulado a continuar
e ganhar posições pelo estímulo
externo de dois outros atletas que entraram no percurso
em determinado momento da prova. Literalmente comportaram-se
como coelhos ou puxadores de ritmo do corredor que disputava
um dos cinco primeiros lugares.
Pelos regulamentos da FPA tal colaboração
só é permitido se o Congresso Técnico
ou a Comissão Organizadora assim o permitir isto
após comunicação a todos os integrantes.
Quando realizamos a Maratona Corpore, no Congresso Técnico,
ficou estabelecido quem seria o puxador e em qual ritmo
atuaria. Porém em nossas provas normalmente acabamos
por não realizar os Congressos Técnicos
e o bom senso deve prevalecer, mas não foi o
que aconteceu.
Em algumas provas internacionais, no qual o organizador,
possui verba especifica para esta ação,
pacemakers ou puxadores de ritmo são contratados
para ditar o ritmo da prova ou até mesmo visando
a quebra de tempos. Quando Paul Tergat superou a melhor
marca da maratona, utilizou dois coelhos. Paula Radcliffe,
utilizou dois atletas homens para conseguir superar
o recorde mundial na Maratona de Londres.
Entre os brasileiros o atleta Vanderlei Cordeiro de
Lima, 1994, na cidade de Reims ( França) saiu
como coelho e acabou ganhando a prova. Elias Bastos,
em Cleveland (USA), 1997 acabou chegando em 4 lugar
após liderar a prova alguns quilômetros.
Todos estes casos foram previamente combinados, não
os resultados, obviamente.
A CBAt nas provas mistas introduziu a largada diferenciada
entre as mulheres e homens nas elites, pois a condução
ética dos homens nas corridas estava atingindo
proporções que estavam atrapalhando as
mulheres na obtenção de seus melhores
tempos.
Em uma corrida de rua esta prática entre os amadores
é até salutar e de congraçamento,
no entanto quando estamos lidando com primeiras colocações
já passa a ser passível de punição,
segundo normas e regras da CBAt.
Observe-se que em nenhum momento é permitido
ao coelho entrar no decorrer da prova para exercer seu
papel de puxador de ritmo. A norma solicita que nem
patins, bicicletas, podem estar circulando no percurso
da prova, o que caracteriza ajuda externa, como também
não se pode tomar líquidos fora do local
estipulado pelos organizadores da prova.
A Corpore em primeiro momento orienta e depois passa
a adotar como penalidade em tudo o que se refere na
melhora e proteção ao atleta e neste caso,
não será diferente,aos primeiros colocados
as ajudas externas serão passiveis de desclassificação
do atleta, ajuda independente se resultou em melhora
ou não para o seu desempenho no evento.
Solicito aos técnicos que orientem os seus atletas
para que não fiquem coniventes com este tipo
de ajuda e aos demais atletas que não coloquem
estes atletas em situações de desclassificação.
Departamento
Técnico
Mario Rollo Diretor
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