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Exclusivo para Associados Corpore |
Margarete
Augusta Soares
Minha
história de corrida começou em dezembro
de 2002, quando entrei numa academia que acabara de
ser inaugurada no meu bairro. Anteriormente, havia praticado
outras atividades físicas como natação,
ginástica e equitação. Eu não
era uma pessoa sedentária, mas tinha um verdadeiro
pavor de corrida!
Tudo
começou quando meu instrutor pediu que eu sempre
fizesse 15 minutos de caminhada na esteira antes de
começar a musculação. Enquanto
eu caminhava via as outras pessoas correndo ao meu lado
e pensava: não é possível! Não
deve ser tão ruim assim! Eles não fazem
cara de sofrimento! Então fui perguntar ao meu
instrutor “Posso correr?”. Ele me aconselhou
a fazer 1 mês de aula de spinning (bike) para
fortalecer os músculos e ligamentos das pernas
para depois começar a correr. A princípio
achei uma grande besteira, mas resolvi seguir o seu
conselho. Um mês depois, voltei a procurar o instrutor
dizendo toda entusiasmada: “Pronto! Estou preparada
para correr!” Ele me levou até a esteira
e, depois de uma caminhada de aquecimento, ajustou a
velocidade para 7Km/h e pediu para eu trotar. Para a
minha grande surpresa e desapontamento não consegui
trotar durante um minuto! Língua pra fora, coxa
doía, panturrilha doía, foi um horror!
Me deu vontade de chorar! Como eu conseguia caminhar
a 6,5Km/h e não conseguia correr a 7Km/h? Mas
o instrutor disse que eu não deveria desistir
e que fosse intercalando trote e caminhada de acordo
com as minhas condições. Foi isso que
eu fiz. Quando eu me dei conta, me percebi fazendo meu
primeiro quilômetro de corrida sem parar. Foi
a maior alegria! O primeiro quilômetro a gente
nunca esquece! Foi aí que comecei a pegar gosto
pela corrida.
A partir daí me animei a correr nas ruas e parques
e em dezembro de 2003 participei da minha primeira prova
“6Km de Natal Corpore”. Foi o meu maior
presente da Natal! Eu estava muito feliz! Primeira medalha,
primeira camiseta! Como foi bom!
Depois, vieram meus primeiros 10Km. Esses foram difíceis!
Terminei o percurso, mas passei o resto do dia deitada,
pois não conseguia dar um passo.
Em
dezembro de 2004 corri minha primeira São Silvestre.
Quem diria! Eu mal podia acreditar que eu estava ali,
no meio dos “loucos” a quem eu assistia
antes pela TV! Essa eu faço questão de
detalhar! Debaixo de um calor de 35 graus, quando me
deparei com a Brigadeiro, deu vontade de fazer como
a maioria das pessoas: já na descida do largo
S. Francisco elas já começam a caminhar,
o “Fantasma Brigadeiro” assusta de longe.
Mas não me deixei levar! Tomei fôlego e
pensei: eu cheguei até aqui e não vou
desistir agora! Mesmo esbaforida, consegui subir correndo
a tão temida Brigadeiro. Foi o momento mais emocionante
pra mim em todas as corridas! O público torce
pela gente! É uma festa! Uma gritaria! Pessoas
te dando a maior força! O que mais me marcou,
foi um menino que me pediu o boné, como se eu
fosse uma personalidade famosa! Aquilo me tocou, mas
naquele momento tive a nítida impressão
de que se eu desse meu boné minha cabeça
iria pegar fogo e eu não iria chegar até
o fim. Resultado: não dei o boné e me
arrependi profundamente por isso. Terminei a corrida
e recebi minha tão merecida e inesquecível
medalha. Mas até hoje quando penso naquele garoto
eu me emociono!
De 2002 pra cá aprendi muita coisa sobre corrida
e hoje já consigo aplicar técnicas e administrar
melhor os percursos. Descobri que a corrida de longa
distância não exige só preparo físico,
mas também um grande preparo psicológico!
Não basta ter músculos e coração.
Tem que ter cabeça! E a corrida também
me ajudou em outras atividades do dia-a-dia, principalmente
a ter mais paciência em realizar trabalhos longos
e demorados.
Hoje, estou com 37 anos e pretendo continuar praticando
esse esporte tão saudável e GOSTOSO! (Gente,
aprendi a gostar de correr!) pro resto da vida! E quando
eu tiver os meus 80 anos ainda quero estar conquistando
as minhas medalhas!
Um abraço a todos!
Ass. Margarete Augusta Soares
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