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Ilhabela 2003 - Saiba como foi a prova de Aventura

27/5/2003, por Flávia de Almeida Prado

Veja ao final da página: Resultados, entrevistas, fotos da premiação, e um e-mail especial recebido pela organização da prova! Não deixe de ler e sentir a emoção da prova de Ilhabela Corpore Terra e Mar

Dia 22 de maio - quinta-feira – QG Corpore em Ilhabela
Todos os diretores e funcionários Corpore já estavam na cidade de Ilhabela, preparando e coordenando a montagem da arena, dando orientação aos voluntários da cidade, e mantendo os ouvidos atentos à previsão metereológica para o fim de semana mais agitado do semestre. O dia foi ensolarado tanto na capital como no litoral norte paulistano. Concentração e expectativa guiavam os olhares dos organizadores do evento.

A logística de uma prova do porte da Ilhabela Corpore Terra e Mar não é nada simples. Foram necessárias 200 pessoas envolvidas com a organização e apoio para que pudesse ser realizada esta aventura. Mas, além disso, o planejamento pré-prova foi fundamental: a elaboração de um regulamento preciso; a medição e vistoria do percurso; a definição das funções e posicionamento das pessoas que trabalharam em todo o processo da montagem da prova. São inúmeros detalhes que devem ser tratados com extremo cuidado.

Desde a contratação do pessoal da montagem, transporte da estrutura das barracas, camisetas, medalhas, troféus, equipamento médico, faixas, cadeiras, banners, sinalizadores, enfim, uma infinidade de materiais que tem como função proporcionar um excelente suporte ao atleta durante a corrida, bem como registrar e fornecer os dados corretos para os diretores técnicos da prova, para que os resultados sejam precisos e justos com todas as equipes participantes.

Dia 23 de maio - sexta-feira – O trabalho Continua
Mal havia nascido o sol, a equipe Corpore já estava de pé, para percorrer a Ilha e fazer os ajustes finais. O início da entrega dos Kits dos corredores estava programada para às 15h, na arena montada na Escola de Vela BL3.

A água (hidratação dos atletas) chegava de São Paulo para que os isopores – que condicionariam a água fresca para os corredores – pudessem ser montados e distribuídos pelos postos ao longo do percurso. A hidratação dos atletas, segundo o regulamento, era de responsabilidade de sua equipe de apoio, mas também determinava que era de responsabilidade da organização oferecer água nos postos do Sul, de Castelhanos e do Norte.

Foi então, que chegaram as primeiras notícias sobre a tempestade que caía em São Paulo. Não demorou muito, e o tempo virou. “Entrou um noroeste bravo” – falavam algumas vozes locais. “Fiquem tranqüilos! Agora vai chover forte, mas amanhã o dia vai ser bom” – diziam os moradores mais antigos da região. O trecho de Castelhanos teve de ser vistoriado pela organização, mais uma vez, para garantir a segurança de todos. Por sorte, nada de grave havia acontecido nas trilhas da região.

A dúvida sobre a previsão do tempo continuou geral, mas o certo era que a arena não poderia ser o local da entrega dos kits.

Então, com o apoio do Ilha Flat, todos os kits foram transferidos para o mezanino do hotel, onde aos poucos foram chegando os corredores. Para que a notícia da mudança chegasse o mais rápido para os coordenadores de equipes, a organização permaneceu também na BL3, para divulgar a novidade.

Devido à chuva e aos ventos fortes (que ultrapassaram os 100Km/h) houve interrupção no fornecimento da luz, em toda a ilha. A distribuição dos kits começou à luz de velas, mas por sorte, na hora de maior movimento de equipes, o problema já havia sido contornado, e a distribuição pode ser feita com tranqüilidade e conforto para todos.

Muitos atletas chegaram tarde, devido às complicações do trânsito em São Paulo, à neblina na Rodovia Airton Senna, o mar revolto que impediu a Balsa de atravessar o canal com a periodicidade rotineira. Às 21:30 todas as equipes haviam retirado seus kits – com exceção de duas que cancelaram suas participações.

Faltavam poucas horas para que 83 equipes – mais de 500 pessoas – iniciassem sua aventura de percorrer 105 Km pelas ruas, trilhas e mares de Ilhabela.

Dia 24 de maio – sábado – A aventura chega antes do sol
Às 4:30 da manhã a arena já estava movimentada. O locutor, prestes a narrar a prova, colhia as últimas informações e orientações que deveria passar aos atletas. Na linha de largada, os diretores concentravam-se em organizar a saída dos corredores na ordem correta, determinada anteriormente, conforme a previsão de performance dos participantes.

 

 

 

No posto médico, Corpore e Fleury realizavam em conjunto uma pesquisa sobre a oscilação das taxas de glicose, peso, e etc, que ocorriam durante uma corrida deste porte. Foram colhidas mais de 200 glicemias, e certamente as equipes que aderiram à pesquisa voltaram para casa com dados recentes sobre suas saúdes, sem custos adicionais.

 

 

 

Às 5h03 largaram os dois primeiros corredores. Sucessivamente, a cada 90 segundos, duas equipes saíam da BL3, em direção ao sul da ilha, iniciando uma aventura que teria 12 horas no máximo para acabar. Às 6h todos já haviam largado, outros corredores estavam em carros de apoio sendo transferidos para os postos de transição e revezamento. Na arena, os nadadores cochilavam nas barracas das equipes, repousando antes de caírem n’água e também lutarem por uma boa colocação de suas equipes.

O céu estava estrelado, e quando surgiram os primeiros raios de sol, chegou junto a esperança do tempo se firmar, e a prova poder ocorrer sem tempestades e perigos.

Por volta das 8:30 da manhã aconteceu a 1ª Perna da natação. O mar estava de ressaca. Escuro e agitado, proporcionou um desafio imenso aos nadadores, que, como disse o presidente da Corpore, David Cytrynowicz, puderam mostrar sua importância nas equipes e provar a que vieram.

 

 

 

A 1ª Perna era composta de duas voltas de 500m nas grandes bóias amarelas, que demarcavam a distância do percurso da travessia. O nadador devia sair d’água antes de fazer a segunda volta, para garantir um controle preciso da travessia da distância correta.

 

 

 

Com apoio e supervisão do Corpo de Bombeiros, tudo se passou com a segurança no mar. A tranqüilidade só era quebrada pela adrenalina e vontade de vencer daqueles que desafiavam as águas do canal Ilhabela/ São Sebastião.

 

 

 


A corrida seguia, então, para Castelhanos: a grande aventura atingia seu ponto máximo. Além da dificuldade dos 6km de subida e descida, a chuva do dia anterior ajudou a tornar o terreno ainda mais radical e liso. Assim, a experiência, resistência e a coragem determinaram os melhores resultados neste trecho.

Por sorte, ou por uma benção, o tempo permaneceu ideal para a corrida. O

 

 

 

 

 

Sol e a brisa forte garantiram a melhor condição para a prática do esporte, sem causar contratempos e sobressaltos à logística e organização do apoio aos atletas.

O corredor que voltava à BL3, entregava sua munhequeira mais uma vez ao nadador, que deveria nadar mais 500m no mar revolto, completando a 2ª perna de natação. Este era um momento de concentração e integração fundamental de toda a equipe. Ao sair da água, o nadador vestia seu número de peito, seu tênis e juntava-se aos companheiros corredores para completarem em terra, guiados pelos Batedores do Exército Brasileiro, os últimos 2,8Km da prova, para cruzarem de mãos dadas a linha de chegada.

 

 

Foram 83 chegadas emocionantes. A sensação de satisfação foi personificada no rosto de cada atleta que passou pelo pórtico de chegada. Funcionárias da Secretaria de Esporte e Turismo de Ilhabela entregavam as medalhas a cada participante, selando com mérito a vitória de completar este grande desafio.

 

 

 

 

 


Durante todo o evento as ocorrências médicas não foram graves, e conforme salientou o presidente da entidade, isso se deve à qualidade da preparação e condicionamento dos atletas. Lembrou que, mesmo isso sendo um fator esperado pela organização médica, a estrutura montada e os profissionais de saúde presentes no atendimento estavam preparados para sérias emergências, pois a precaução é sempre colocada em primeiro lugar nos eventos da entidade. Haviam cinco ambulâncias e um posto médico, e ocorreram apenas nove casos sem gravidade.

 

 

O corredor da última equipe a completar um trecho individualmente, chegou à BL3 acompanhado pelas ambulâncias que estavam posicionadas em pontos estratégicos do percurso. Após a 2ª perna de natação, quando toda a equipe se juntou para completar os 105Km da prova, os diretores da Corpore se uniram ao time para percorrerem o trecho final juntos. Todos os Batedores do Exército Brasileiro, as motos de apoio da organização e as ambulâncias acompanharam estes corredores, festejando junto à cidade e a outros atletas – que esperavam pela passagem do fim da prova nas calçadas das ruas do centro da cidade. Todos aplaudiram e comemoraram juntos a bem sucedida e emocionante realização da 3ª edição da corrida de aventura Ilhabela Corpore Terra e Mar 2003. E claro: o sol se punha num horizonte azul alaranjado – tão belo, pacífico e amigável como só em Ilhabela se pode apreciar.

   
   

25 de maio – Domingo – A revelação dos vencedores
Após uma noite de sono mais tranqüila, todos os envolvidos com este grandioso evento encontraram-se novamente no hotel Ilha Flat. Lá foi oferecido um farto café da manhã de confraternização, antes da revelação dos resultados da prova, e da entrega dos troféus aos vencedores.

A cerimônia de entrega de troféus teve início com as palavras do presidente da Corpore, David Cytrynowicz, que agradeceu a colaboração e apoio: Patrocínio (Track&Field), apoio da Escola de Vela BL3 e Órgãos Oficiais: Prefeitura Municipal de Ilhabela (Secretaria Municipal de Turismo de Ilhabela, Defesa Civil de Ilhabela, Departamento de Trânsito de Ilhabela); Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Parque Estadual de Ilhabela, Instituto Florestal); Polícia Militar do Estado de São Paulo (Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Ostensivo do Trânsito); Exército Brasileiro (Polícia do Exército).

Após estes agradecimentos, o presidente agradeceu à colaboração e envolvimento das equipes na realização da prova. Disse que sem a atenção e o respeito às normas estabelecidas, teriam sido registrados problemas sérios no fluxo do transito, e mesmo até, problemas na fiscalização do desempenho dos atletas. Graças ao entrosamento de todos tudo ocorreu bem.

Além de algumas declarações, veja as fotos, dos grandes vencedores premiados na manhã ensolarada de domingo - Clique Aqui.

Clique aqui para ver o resultado (item 14)

Recebemos o e-mail abaixo há poucos dias. Acreditamos que seu conteúdo mereça ser dividido com todos os corredores, que participaram ou não, da Prova de Aventura em Ilhabela

AC: Corpore/ Organização da corrida de Ilhabela...


São Paulo, 25 de maio de 2003

Se você puder, um dia seja o último


"Se você puder, um dia, chegue em último e sinta toda a emoção que nós sentimos na volta de Ilha Bela." Equipe 22/Trilopez 3 .


Confessamos que em qualquer momento da vida, poderíamos imaginar que a maior alegria, e a melhor posição para se chegar em uma competição, seria a última.

Entrar na volta final, seguido pelos organizadores da festa. Pessoas fantásticas que passaram todo o dia zelando para que a nossa prova fosse perfeita. E foi!!!!!!!!

Todos os batedores da Polícia Militar abriam espaço para a nossa passagem... As pessoas saiam das casas e aplaudiam a comemoração... E nós... Parecíamos crianças, ali, de mãos dadas, cruzando a linha de chegada. Foram mais de 11 horas de prova. Onze horas de apoio, de incentivo... de compreensão...de espírito esportivo...de garra e acima de tudo, de companheirismo e amizade. A cada passada sentíamos a superação dos nossos limites e a certeza de estamos fazendo o melhor. Aliás, acreditamos que esta foi uma lição que todos os competidores levaram de todos os trajetos.

A Volta de Ilhabela, não foi somente bela... Foi um aprendizado e um encantamento constante. A cada trecho ficávamos extasiados com a beleza e energia do lugar gratos e felizes com o incentivo do pessoal da organização, e emocionados com o apoio... Em nenhum momento faltou a forcinha do: "Vai firme que falta pouco", ou do "Segura
a passada que está chegando".

Muito Obrigada Corpore pelo trabalho espetacular, pela organização impecável e pelos momentos inesquecíveis que pudemos viver nesta competição.

Ass: Anna Maria Cortás, Eduardo Brunetti, Isabel Brunetti, Joel Stuque,
Cátia Stuque, Mônica Picavêa, Pablo Stanger, Paula Gonçalves e Ramon Roca.

Equipe 22/Trilopez 3. Orgulhosamente a última equipe a cruzar a linha de
chegada.






 
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