Saúde - Série de Reportagem - Voluntários que fazem a Diferença
Saúde
e esporte são fatores que andam lado a lado em
nossas vidas. Atletas e esportistas tornaram-se
ícones da boa forma e saúde desde o século passado.
Certamente, estas pessoas que se dedicam ao esporte
não visam exclusivamente uma boa aparência. Este
é apenas um dos benefícios da atividade física.
O maior deles é sem dúvida, uma boa saúde.
Foi
por pensar desta forma que a Corpore sempre se
preocupou em fornecer o melhor atendimento médico
aos corredores de suas provas. E não apenas nos
momentos de corrida, mas também proporcionando
Treinos Técnicos e Assistidos. Nesta matéria,
você conhecerá mais de perto o Diretor Médico
da Corpore, Dr. Milton Mizumoto, responsável pela
excelente qualidade de serviço à saúde apresentada
pela Corpore. Além de contar um pouco sobre sua
experiência como corredor, Dr. Mizumoto deu orientações
e dicas sobre um treinamento saudável e proveitoso
para os corredores de rua.
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Corredor
Doutor
Dr. Mizumoto começou a correr há 11 anos,
percorrendo apenas 195 metros. A cada semana ele
dobrava o percurso. Seu objetivo de início foi
recuperar a saúde, perder peso, e voltar a praticar
alguma atividade física - algo que fez com freqüência
na infância e juventude. Quando atingiu os 4k
semanais, foi incentivado por amigos a treinar
para participar da São Silvestre (15k). Participou
e isto significou uma vitória. Depois disso, Alfredo
Donadio -atual Diretor de Comunicações da Corpore
-; o convidou para correr uma Maratona (42k) e
ele achou que seria quase impossível. Treinou
por quatro meses e participou, naquele ano, da
Maratona de Blumenau e da Maratona de Nova York.
Tomou por filosofia correr provas de longa distância.
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Dr.
Milton Mizumoto
Diretor Médico da Corpore
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Um
dia por curiosidade foi fazer um curso de medicina
ortomolecular, e acabou encantado com esta área
médica. Após muito estudo, começou a aplicar a
ortomolecular em seu consultório, onde antes atuava
apenas como nutrólogo (dieta e emagrecimento).
Gradativamente, começaram a aparecer atletas que
buscavam a ortomolecular para se tratarem, para
melhorar performance, inclusive. Nos anos de 1993
e 1994, Dr. Milton atendeu atletas de triatlon,
maratona, ultramaratona, montain bike, kung fu,
que eram referências nacionais dentro de seus
esportes.
A
medicina esportiva foi seu passo seguinte. Matriculou-se
na Escola Paulista de Medicina, e mais uma vez
se encantou pelo curso: "A medicina esportiva
foi um novo desafio, estudei muito, comecei a
aplicar freqüentemente a metodologia de fisiologia
celular dentro do meu consultório, principalmente
na área de manutenção do peso dos pacientes obesos.
Começaram então a aparecer pessoas interessadas
em treinar, por isso montamos aqui no consultório
um seguimento de condicionamento físico. Isto
foi feito junto com o José Carlos Fernando um
personal trainer, que trabalha comigo até hoje.
Inscrevemos nossos pacientes nas corridas da Corpore
e por isso deixei de participar das provas para
acompanhar meus pacientes".
Na
época, segundo Dr. Mizumoto, a Corpore tinha uma
assistência médica formada por uma ambulância
com enfermeira e motorista, sem médico. "As corridas
eram pequenas, por isso era mais simples o atendimento.
Um dia, um corredor passou mal, chamaram meu nome
pelo microfone e fui socorrê-lo. Tudo acabou bem.
Na semana seguinte o Dr. David Cytrynowicz - Presidente
da Corpore - me fez o convite para trabalhar para
a Corpore. Propus então trabalhar como voluntário
na Corpore, e lá estou até hoje" - contou o médico.
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Equipe Médica Corpore -
Ambulâncias e motocicletas que fazem a diferença
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As
corridas foram aumentando, em percursos e número
de corredores, e por isso, Dr. Mizumoto sentiu a
necessidade de ampliar a frota de ambulâncias e
substituir as ambulâncias comuns por ambulâncias
UTI's. "Dr. David Cytrynowicz sempre priorizou a
parte de atendimento médico ao corredor, e por isso
sempre me deu carta branca para ampliar o atendimento
durante as provas. À medida que as necessidades
foram aumentando, parti para a área de organização
e coordenação das ambulâncias e médicos" - disse
Dr. Mizumoto. Hoje a Corpore disponibiliza de quatro
a seis ambulâncias (dependendo da prova), uma tenda
médica com todo o suporte de atendimento imediato,
de recuperação cardíaca, e de apoio à vida do paciente.
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Dra.
Maria Cecíia Damasceno - Equipe Médica
Corpore
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Ocorrências
- quando a equipe entra em ação A maioria dos casos
que ocorrem são de corredores inexperientes, ou
de corredores de meia idade que querem ser competitivos,
segundo Dr. Mizumoto. Sua formação é de médico esportista,
ortopedista, nutrólogo e ortomolecular. Por não
ser cardiologista, nosso Diretor Médico buscou uma
pessoa que cobrisse esta lacuna. Foi então que a
Dr. Maria Cecília Damasceno entrou para a equipe
médica da Corpore, e introduziu o atendimento de
emergência em corridas no Brasil. Ela é assistente
do pronto socorro do Hospital das Clínicas, e hoje
trabalha ao lado do Dr. Mizumoto na linha de chegada,
na coordenação e atendimento aos casos mais graves.
Independente disso, cada ambulância tem um médico,
enfermeiro e motorista. |
Na
Maratona dos Bandeirantes, que aconteceu no ano
retrasado, Dr. Mizumoto introduziu uma metodologia
nova: o atendimento médico via motocicleta. Ou seja,
um médico motociclista, ou um pára-médico motociclista,
com um aparelho desfibrilador automático e com toda
a medicação de emergência e de ventilação cardiopulmonar.
Este recurso foi também utilizado na Meia Maratona
Corpore, há dois anos. Esta medida foi fundamental
para agilizar o atendimento aos corredores que passavam
mal em pontos do percurso que eram distantes da
tenda médica ou mesmo das ambulâncias distribuídas
pela corrida. |
Clemar
Corrêa da Silva
Equipe Médica Corpore
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À
medida que as provas foram crescendo, aumentou
também o número de corredores inexperientes. "Hoje
estou instituindo um outro programa, em que além
de toda esta infra-estrutura já descrita, serão
colocados, a cada dois quilômetros, um marcador
vigilante, assim como é feito na Maratona de Boston"
- contou Dr. Mizumoto. Estes Marcadores Vigilantes
são ciclistas voluntários não médicos, e não pára-médicos,
identificados com coletes "apoio da equipe médica"
e equipados com um rádio de comunicação interna.
Eles irão rodar por uma área determinada, para
monitorar os corredores que passam naquela parte
do percurso. Se algum corredor sentir-se mal,
o marcador vigilante informa o médico mais próximo
- que pode estar na motocicleta, na ambulância
ou na tenda - e encaminha o paciente para um atendimento
imediato, feito em menos de quatro minutos. A
assistência à vida dele irá ocorrer em menos de
8 minutos.
Para
que este trabalho seja feito, a equipe médica
planeja sua atuação dependendo da montagem do
croqui da prova: do percurso, distância, do clima
da prova, do horário, do número de corredores.
Isto tudo para que seja possível dimensionar o
quadro de pessoal, o número de ambulâncias e equipamentos
que serão necessários.
Até
hoje, Dr. Mizumoto conta que o atendimento tem
sido extremamente satisfatório. "Estatisticamente,
segundo estudo mundial, o número colhido é de
uma morte entre 50 a 100 mil corredores. Estou
na Corpore há quatro anos, e seguramente já atendemos
mais de 100 mil corredores. Tivemos na história
apenas um caso fatal, que, entretanto, não foi
durante a prova. Em janeiro de 2001, um corredor
de idade competitivo, que já tinha terminado a
prova, recebido seu troféu, e estava indo pra
casa, teve uma engina e caiu no chão. Nos conseguimos
socorrê-lo, e levá-lo para o Hospital. Só que
ele veio a falecer 8 horas depois" - descreveu
Dr. Mizumoto.
"Tenho
uma vantagem em relação aos outros médicos, que
trabalham em provas de corrida de rua. Já corri
em 26 maratonas, cinco ultramaratonas, das quais
três ultramaratonas de 90km na África do Sul,
e outras duas provas de 24horas. Na ultima prova
que fiz na África do Sul, registrei toda a organização
com minha máquina fotográfica. Com isso trouxe
um know how importante para a Corpore. Eu vejo
a prova não só com olhos médicos, mas também com
olhos de corredor, que quer toda a segurança e
conforto. Por isso tentamos minimizar o sofrimento
do atleta" - explicou o Diretor Médico.
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O
porquê das ocorrências
Provas
de 10k são provas de maior velocidade que provas
de 21k ou 42k. Um corredor faz uma prova de 10k
muito mais rápido do que faz os primeiros 10k
de uma Meia Maratona ou uma Maratona. As ocorrências
mais freqüentes em provas rápidas são: hipoglicemia
- queda de açúcar no sangue - "por que a pessoa
corre mais no anaeróbio, ou corre rápido demais,
ou não se alimentou antes da prova" - explicou
o médico. Também podem ocorrer vômitos, principalmente
na chegada, devido à alimentação inadequada, antes
da prova "ou por que o corredor comeu muito perto
da prova, ou comeu proteína antes da prova - que
é de difícil digestão" acrescentou. Além disso,
podem ocorrer casos de hipertensão.
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Quadro
1
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Numa
corrida de 20k ou mais, ocorrem casos de hipoglicemia,
desidratação, e câimbra. Numa maratona, ocorrem
casos de estafa muscular e até colapso cardíaco.
As características, portanto, são diferentes entre
as provas. Há também variações dependendo do clima:
um clima mais quente favorece a desidratação ou
hipertermia, um clima mais frio favorece a hipoglicemia
ou hipotermia.
Os
casos mais freqüentes não são entre os corredores
mais velhos, pois o idoso que corre é mais prudente
com sua saúde. Os ganhadores da falta de cuidados
são pessoas entre 20 e 35 anos, e entre os corredores
que não são de elite, nem são apenas recreativo.
"São recreativos, mas querem fazer um tempo de
elite" - acrescenta Dr. Mizumoto. São pessoas
que correm sempre a mais, ou mais rápido, do que
praticaram no treino. "O corredor de elite quando
entra na prova, sabe o que fazer, pois fez no
treino simulado. O recreativo que quer fazer tempo
de elite, faz além do que praticou no treino.
Tem a ilusão de que no dia da prova vai conseguir
melhorar. Isto não existe. Eventualmente pode
acontecer alguma melhora devido ao clima mais
agradável, ou pelo percurso ser melhor, mas é
difícil".
Além
disso, a maioria dos corredores que passa por
isso são corredores que treinam sem o apoio e
orientação de um treinador - fator de fundamental
importância na visão dos médicos. Na hora H, este
corredor não tem quem o oriente a fazer a prova
de maneira correta, o que acaba causando danos
à sua saúde e performance. "Diria que este tipo
de corredor é como o sujeito que vai na banca
de jornal, compra uma apostila de inglês e estuda
sempre a mesma lição. No dia que ele for para
um país onde só se fala esta língua, ele vai se
dar mal. A pessoa que se autotreina, não varia
o estilo de treinamento. Se escolher fazer diferente
numa prova, inevitavelmente terá problemas".
Cuidados
antes da corrida
Dr.
Mizumoto explicou sobre a necessidade de um treinador,
exemplificando que para jogar tênis, se segue
a orientação de um professor de tênis, o mesmo
com a natação, o triatlon etc. E a pergunta que
fica no ar é: por que na corrida tem que ser diferente?
Correr é algo natural como brincadeira, para competir
é diferente. A dica dada pelo médico, para pessoas
que não podem ter um treinador, é de procurar
correr ao lado de um alguém mais experiente, "O
corredor é solidário. Na maratona então é mais
ainda. È uma espécie rara e em extinção" - brincou
o médico.
Caso
a pessoa não encontre um grupo para correr, a
orientação é correr na velocidade mais confortável,
para que o limite anaeróbio não seja invadido.
Existem exames de consumo máximo de oxigênio,
que determinam limiares ventilatórios, onde se
define a freqüência cardíaca para respeitar o
limite anaeróbio, e é a partir daí que o treinador
monta a planilha de treino de uma pessoa. "Na
prática, é a máxima velocidade em que é possível
correr e, durante o trote, conversar com alguém
ao seu lado, ou cantarolar, ou mesmo, dizer num
fôlego só, uma frase longa, sem ofegar. Se ele
não conseguir é sinal que está entrando no anaeróbio,
ou seja, numa velocidade acima da que ele deve"
- explicou Dr. Mizumoto, em relação à velocidade
do treinamento.
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Quanto
à alimentação, nosso Diretor explicou que existem
dois tipos básicos para o corredor: durante o
treino e antes da prova.
Durante
período de treinamento o corredor deve comer de
tudo: carboidratos, proteínas, verduras. "O prato
dele deve ser o mais colorido o possível". Duas
horas antes do treino, alimente-se de carboidrato.
Durante um treino de até uma hora, hidratação
com água. Treinos de duração acima de uma hora
requerem outro tipo de hidratação: com água e
com um hidratante que tenha calor energético.
Dr. Milton recomenda líquidos gel, que contenham
em sua formula além do açúcar, a malto-destrina,
para evitar a hipoglicemia. Depois do treino também
é importante hidratar-se bem.
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Quadro
2
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Durante
a prova, se o percurso for longo, devem ser consumidos
carboidratos e água. Em corridas curtas, água
basta - "mas o corredor pode usar eventualmente
o carboidrato". O importante é a alimentação duas
horas antes da prova: bolachas ou torrada, evitar
proteína, inclusive a do leite. "Quando vou correr
uma maratona como: torrada com geléia e chá. Não
precisa exagerar. Coma normalmente. Se você se
alimentar demais pode sentir um desconforto gástrico
durante a prova. Em provas longas existe a possibilidade
da própria organização da prova oferecer carboidrato"
- contou Dr. Mizumoto.
Depois
da prova alimente-se de comidas leves e mantenha
uma boa hidratação. Repouse bastante e, se for
confortável para você, pode até tomar um banho
frio, ou colocar as pernas num balde de água fria.
Além
dos cuidados com a alimentação, outra recomendação
fundamental é fazer o aquecimento e alongamento
antes e depois da prova. "Como um pescador: antes
ele monta a carretilha, pesca, e depois desmonta
a carretilha. Alongamento é a prevenção da lesão.
Uma vez lesado não adianta alongar - tem que tratar.
Alongar um músculo lesado não adianta" - afirmou
Dr. Mizumoto. E para concluir um último, e importantíssimo,
alerta: Durante a prova, se estiver passando mal,
pare de correr. "Não hesite. Costumo dizer que
'só correrá a próxima prova aquele que estiver
vivo'" - concluiu Dr. Mizumoto.
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Prepare-se para a Primeira Maratona Corpore
Para
alguém que nunca correu numa prova, o tempo ideal
de treinamento para participar de uma maratona
é de seis meses a um ano. Pra correr 6k, 10k,
o treinamento deve ser de dois a três meses. No
caso de um triatleta, um jogador de futebol ou
tênis, é diferente, por que ele tem um histórico
especial. Sua fibra muscular, seu preparo cardiovascular
é diferente, portanto, ele treina dois, três meses
e pode correr a maratona. Dr. Mizumoto contou
que ele atendeu pessoas obesas que, mantiveram
um treinamento no consultório dele, perderam de
20kg a 30 kg e em seis meses correram uma maratona.
Mas o médico acrescenta - "Isso aconteceu por
que ele teve todo uma equipe de médicos e treinadores
para orientar e acompanhar seu treinamento. Este
paciente teve todo um respaldo, não é que ele
saiu correndo do zero".
Outra
recomendação importante feita pelo Diretor Médico
da Corpore consiste em fazer uma avaliação médica
com um cardiologista, médico esportista, ou mesmo
com um clinico. Dr. Mizumoto afirma que se toda
academia faz este tipo de avaliação de seus alunos,
não há motivos para um corredor deixar de precaver-se
desta maneira.
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Tão
importante quanto o preparo anterior para a corrida,
é o preparo para realizar esta atividade. Por isso,
usar uma roupa adequada é fundamental para evitar
mal estar e desconforto durante o esporte (exemplo
Quadro 3). Em dias de calor, a roupa deve ser leve,
e em dias frios, o corredor deve usar agasalhos
ou duas camisetas, ou mesmo uma calça legue. Além
disso, é importantíssimo preencher a ficha do verso
do seu número de peito. "A maioria das pessoas que
atendo, não preenchem a ficha. Mas não é à toa que
ela está lá. No caso do atleta ficar inconsciente,
precisamos dos seus dados para termos uma noção
mínima do histórico do corredor" - explica Dr. Mizumoto. |
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Essas
recomendações são fundamentais para a manutenção
da saúde de todo atleta, e devem ser seguidas
com atenção e disciplina. A educação pode melhorar
a performance do corredor, e certamente, prolongar
seu bom desempenho por mais tempo.
Saúde
e boas corridas!
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Quadro
3
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Quadro
4
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Organização
do atendimento médico nas provas da Corpore |
-
Diretor Médico responsável - Dr. Milton Mizumoto. |
-
Ambulâncias UTI's, com os respectivos médicos que
vão se localizar em quilometragens específicas dependendo
da densidade da prova (número de corredores / percurso). |
- Tendas médicas, no trajeto e na chegada. Com médicos,
enfermeiros e fisioterapeutas. |
-
Resgates de motocicleta |
-
Marcadores Vigilantes a cada dois quilômetros, coordenadores
localizados a cada 20K (no caso da Maratona Corpore) |
Todos
equipados com o uniforme e rádios. |
A
localização dos veículos é importante para otimizar
a prova. O recurso aplicado por Dr. Mizumoto, e
sua equipe, engloba movimentar as ambulâncias, que
dão suporte aos últimos corredores, para a linha
de chegada, para que assistam a equipe que recebe
os corredores no fim da prova. No inicio chegam
poucas pessoas, assim como no fim. Mas no intervalo,
o contingente de pessoas que cruza a linha de chegada
é muito grande. A equipe médica se torna extremamente
necessária neste ponto (exemplo Quadro 4). "No começo
chegam corredores de elite, e dificilmente passam
eles mal. Assim como no final, quando chegam os
corredores recreativos, não preocupados com o tempo.
No meio da prova, vêm aqueles que querem ser competitivos,
e passam pelo funil muito rapidamente. É aí que
preciso de um apoio médico muito grande. À medida
que a prova vai acontecendo, as primeiras ambulâncias
liberadas são requisitadas para voltar ao posto
de chegada para
dar apoio aos colegas médicos".

Tenda Médica
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Cooperação
do Corpo de Bombeiros e Exército Brasileiro
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Recomendações
Gerais
Para
que você maratonista faça uma boa prova e não
venha a ter nenhuma intercorrência desagradável,
apresentamos abaixo alguns cuidados a serem seguidos:
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1
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Corredores acima de 35 anos devem estar com o exame
médico em dia, inclusive com o Eletrocardiograma
de Esforço realizado com seu cardiologista. |
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2
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Consultas
médicas e exames laboratoriais básicos como hemograma,
glicemia, colesterol, triglicérides, ácido úrico
devem ser realizados de rotina anualmente. |
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3
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Preencha
todos os dados solicitados no verso do seu número
de corrida, não omitindo nenhum dado importante. |
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4
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Procure usar vestimentas condizentes com o clima
no dia da prova, para que não prejudique a sua performance. |
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5
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Caso
esteja um dia ensolarado, proteja-se com filtros
solares, óculos escuros, boné e vestimentas que
facilitem a dissipação do calor. |
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6
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Faça
um aquecimento e alongamento prévio, minimizando
assim o risco de lesões musculo-tendíneas. |
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7
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Proteja
as áreas de maior atrito usando vaselina nas axilas,
na face interna da coxa e entre os dedos dos pés. |
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8
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Proteja
os mamilos contra o atrito da camiseta com esparadrapo
"micropore" sobre os mamilos. |
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9
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Procure
não fazer nada de diferente do que tem feito durante
seus treinamentos, lembre-se corra sempre dentro
dos seus limites, orientando-se pelo frequencimetro
ou pela sua respiração. |
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10
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Procure
hidratar-se em todos os postos (é sempre melhor
prevenir), minimizando assim os riscos de uma situação
prejudicial à saúde. |
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11
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Ao
hidratar-se não deixe molhar os tênis, pois com
ele molhado, as chances de formação de bolhas nos
pés são maiores. |
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12
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Procure
ingerir isotônicos ou energéticos durante a prova
toda, para que não tenha uma queda de açúcar no
sangue. |
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13
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Ao sentir câimbras, não hesite em parar nos postos
de fisioterapia. |
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14
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Caso
não esteja sentindo-se bem durante a prova, não
hesite em procurar ajuda da equipe de apoio médico,
ou mesmo interromper sua corrida. |
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Dr.
Milton Mizumoto
Diretor Médico Corpore
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